quinta-feira, 5 de março de 2009

Dia 9 – 03 de Março


A queda de neve transformou-se em tempestade, acompanhada de vento forte. O observatório foi declarado em estado de emergência e interditas todas as saídas e entradas de viaturas. Jantámos na Casa Solar e só fizemos curtas deslocações a pé, até ao Mons.


Vimos um filme, deitámo-nos relativamente cedo e, a meio da manhã, fomos transferidos da Casa Solar para a residência. A Casa Solar está equipada com painéis solares para aquecimento de água que, por sua vez, é usada para aquecimento, banhos e cozinha. Sem Sol e com neve a cobrir totalmente os painéis, fica privada de água quente, tornando-se desconfortável.
Na residência havia pouca gente. Além de nós quatro, só dois astrónomos, um operador, um segurança e dois elementos da cantina.
Um dos astrónomos era o Sergei, ucraniano com residência nos EUA. Estava a preparar um pequeno telescópio para um projecto de medição do luar da Terra (earthshine), cujo objectivo é determinar a variação do albedo terrestre e estabelecer relações com as variações climáticas.


Visitámos o telescópio que é totalmente robotizado. A visita foi feita durante a tarde, sob forte ventania, acompanhada de queda de neve. Subimos ainda até ao Mons pelos caminhos demarcados no meio do mato. Havia muita neve, mas era seca e não aderia às botas nem às roupas. Era impossível fazer uma bola de neve. Ao atirá-la desfazia-se pura e simplesmente.


Agora resta-nos ficar na residência – a propósito, não subscrevemos os comentários feitos sobre o pessoal da cantina, o qual, após uns primeiros contactos algo frios, se mostrou conversador e perfeitamente disponível – e esperar que o tempo melhore.
De momento a situação tende a agravar-se, com fortíssimas ventanias e intensa queda de neve.
Estamos também com curiosidade em ver a paisagem quando o céu finalmente descobrir.

1 comentário:

  1. É pá, voces deviam era ter levado os skis... LOL..., mas afinal, ainda estamos no inverno. Bom resto de expedição.

    Abraços

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